terça-feira, 5 de abril de 2011

Desabafo

Eu sorri na esperança de afastar a dor, um sorriso sinico, o olhar mostrando um profundo desprezo. Era minha forma de ignorar, de mostrar que não me importo, usando o mal humor. Mas, claro, sou uma ótima atriz. Meus olhos estavam marejados e um profundo nó se formava dolorosamente na minha garganta, não podia chorar, meu orgulho e minha sanidade não deixavam. Apenas sorria, ou ficava séria, evitando falar ou olhar para ele, concentrando toda a minha força em não deixar que aquelas lágrimas escapem dos meus olhos. Queria poder dar um tapa na cara dela, perguntar qual era seu problema e xingá-la de todos os nomes possíveis. Eu sei o motivo daquela vadia estar agindo assim, e quero matá-la por isso. Mas minha vingança vai ser lenta, demorada, mas no final vai causar um grande estrago. Eu sei disso. Tenho muitas pessoas do meu lado, pessoas das quais eu posso confiar e me sinto segura ao lado delas, como uma pequena família que vai estar lá pra sempre. Porém isso não esconde o fato que não consegui, sou uma inútil presa na droga do passado que comete os mesmo erros infantis. Só que agora eu aprendi muita coisa, aprendi a ignorar, a me mostrar forte. Aprendi a escolher em quem confiar, e é por isso que me fechei, me tornei fria, anti-social. Só rio junto daqueles que gosto, que tenho certa confiança. E tudo o que passou não me atinge mais, não me arrependo mais, no final vai dar uma boa história para ajudar uma amiga ou contar para minha filha, quando eu tiver uma e tentar instruí-la quando passar por essa mesma fase. Você não me atinge mais, se mostrou um verdadeiro idiota quando analisei de verdade suas atitudes. Hipócrita! Não me venha pedir desculpas por uma máquina fria, olhe em meus olhos, quero ouvir-te dizer, por mais que eu não vá aceitar, vai ser um troféu pra mim, uma coisa da qual me orgulhar e dizer: Eu consegui, não sinto mais nada.

3 comentários:

  1. Luly, não tenha inveja não, eu sou muito bipolar quando se trata dessas coisas, pelo menos quando se trata dele.

    Aniinha, é claro que você é minha família, garota! Que pergunta besta, você é minha irmã =3

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