sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

incondicional

 Segurei o máximo que pude as lágrimas que queimavam meus olhos, o nó preso em minha garganta sufocava-me por dentro. Controlava com toda a força que ainda me restava os soluços que podiam a qualquer momento romper de meus lábios. Minha mente já estava muito longe daquela sala, muito longe de todas aquelas pessoas, vagando por um lugar desconhecido, deixando-me abandonada no meio de tantos rostos que não conseguia identificar. Porque tenho que ser tão melodramática? Porque sempre tenho que ficar isolada no intervalo, mesmo sabendo que quando eu bem entender posso me juntar a civilização? Eu realmente cansei de ser julgada diariamente como estúpida, com a pessoa mais burra do planeta. E eu sei que eu sou, mas não porque tenho escolha, não sou a única culpada. Eu não sei como fazer isso parar, eu não sei como substituir insanidade por sensatez, eu simplesmente não sei! Estou sempre me condenando mentalmente, xingando-me de todos os nomes possíveis que um ser humano consegue pensar. As vezes desejo nunca tê-lo conhecido, só para não poder passar por isso, mas ao mesmo tempo desejo tê-lo conhecido antes, só para ter que passa por tudo aquilo de novo e de novo e de novo.
Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e,
sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias de hoje.
Talvez esse seja meu pior defeito. (Cazuza).

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