sábado, 12 de fevereiro de 2011

tóxico

Eu não sabia distinguir se aquelas lágrimas eram de alegria ou de tristeza, só sabia que rolavam de meus olhos até meus lábios, salgando-os. Eu não sabia mais o que era certo e o que era errado, não sabia diferenciar verdade de mentira. "Culpada! Culpada!" era tudo o que minha mente conseguia dizer, e tudo o que eu conseguia aceitar. Porque eu tinha que ser tão estúpida? Eles tinham razão, todos eles que sempre me xingavam de retardada quando não estava vendo, eles tinham toda razão. Eu sabia que isso ia acontecer, desde quando eu acordei com o sol queimando meu rosto, eu sabia que isso ia acontecer. E mais uma vez o filme acabou do jeito que todos esperavam, mais uma vez eu vou sair perdendo. Não é justo, e não é para ser. Maldita inclusão digital, maldito seja quem criou a tecnologia! Isso é tão patético, tão clichê... E lá estou eu, na frente do mesmo computador, escutando as mesmas musicas e pensando na mesma pessoa. Ah, meu Deus, quando isso vai parar? Quando eu não vou mais me abalar com isso? Quando eu vou parar de ser diariamente condenada pelos meus próprios colegas? Só desejo que essa tortura seja breve, só desejo que assim que eu acordar todos esses anos nunca tenham acontecido, só desejo que todos esses pensamentos nunca tenham passado pela minha mente. Só desejo que essa dor não seja real.
Isso é tão patético, sentir falta de alguém que nunca foi seu...

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